Microgerenciamento x Engajamento
Contexto
Este é um assunto que não é novo, mas teve recentemente maior evidência com a questão da volta ao escritório x home office.
Quem me conhece melhor, sabe que sempre fui contra o microgerenciamento porque acaba podando o potencial das pessoas e consumindo muito tempo da pessoa que gerencia, além de demonstrar (não tão sutilmente) falta de confiança no liderado.
Por outro lado, a motivação e engajamento das pessoas criam o desejo individual de obter resultados e conquistar o reconhecimento da realização de algo.
Como promover o engajamento do seu time
Em minha experiência pessoal e profissional ocupei diversos papéis de liderança desde projetos específicos até áreas corporativas (com equipes presenciais e remotas), onde posso citar (com alto grau de certeza) alguns fatores de sucesso, como dar autonomia com responsabilidade, buscar confirmação da comunicação (clareza), apresentar o propósito (visão maior) e equilibrar tarefas triviais com tarefas de criação / inovação (projetos).
Obviamente, tive a felicidade de trabalhar com muitas pessoas altamente motivadas a obter sucesso nas frentes que trabalhavam, mas também pude notar que o equilíbrio em dar desafios coerentes com seus anseios pessoais eram “combustíveis” naturais à sua motivação (que a própria pessoa gera, ou melhor definindo – motivação intrínseca).
Buscando um embasamento melhor (que somente a minha experiência pessoal), achei excelentes materiais acadêmicos que, com base em experiências do comportamento humano e da sociedade em geral, trouxeram uma visão muito consistente sobre os resultados que pude vivenciar.
Em especial, no livro “Drive” por Daniel H. Pink (lançado no Brasil como “Motivação 3.0”), o autor traz os resultados de vários estudos (realizados por ele e por outros professores renomados das Universidades de Princeton, Harvard, Stanford e MIT, entre outras) que apontam os perigos da motivação extrínseca (bônus x pênaltis) para atividades complexas e os três elementos da ciência moderna sobre motivação: autonomia, excelência e propósito.
Em resumo, o ser moderno é autônomo e dedicado a se tornar cada vez melhor em algo que importa.
Temos vários exemplos práticos disso, como a famosa Wikipédia, o navegador “Firefox” e o sistema operacional “Linux” (gratuitos em “código aberto”). As pessoas que colaboraram não receberam recompensas financeiras, mas o prazer de se criar algo incrível.
Em tempo, o mesmo conceito se aplica na gestão dos stakeholders em projetos, com maior foco no time executor. Quando todos entendem o propósito, sabem o que devem fazer, suas metas e são valorizados pelos resultados, dificilmente será necessário um microgerenciamento das atividades planejadas.
Por fim, gostaria de compartilhar um resumo que preparei para os workshops de Liderança que ministro em meus Clientes, para ajudar na visão do “caminho” trilhado pelos grandes líderes e que acredito sejam de respeito e admiração da maioria dos leitores deste artigo.
Concluindo este artigo, quero deixar uma reflexão final:
Espero sinceramente ter contribuído de alguma forma e até o próximo artigo!
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